quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Lições de vida com Eric, a enguia

Você que está acompanhando as Olímpiadas e vendo as pessoas quebrarem recordes todos os dias, a superação fisiológica da máquina humana aliada aos avanços da tecnologia, por vezes, podem esquecer que alguns países menos favorecidos como a Guiné Equatorial, por exemplo, não consigam gerar atletas competitivos por falta de recursos.

Porém, Eric Moussambani nascido sob a estrela de 31 de maio de 1978 é um exemplo de superação para o país. Com o apoio de um wildcard olímpico, que permite que países em desenvolvimento levem alguns atletas para a competição mesmo que estejam abaixo dos padrões, ele estava garantido em Sydney 2000. Uma espécie de estágio.

O recorde mundial nos 100m nado livre pertencia a Pieter van den Hoogenband na época (47'87''). Eric, então, almejava ir além, ao ver a sua primeira piscina olímpica (50m) em sua frente depois de exatos 8 meses de aprendizado em natação treinando na piscina de 20m de um hotel em Malabo.

A Guiné Equatorial foi para as Olímpiadas.
A platéia aplaudiu de pé o nadador Eric Moussambani ao final de sua exibição.
Uma lenda nasceu.

Veja a seguir o vídeo de como a lenda surgiu:
(Como está comentado por narradores norte-americanos em demasia, pode abaixar o volume um pouquinho)




"Os últimos 15 metros foram os mais difíceis"
Eric Moussambani, nadador de 100m estilo livre da Guiné Equatorial.

Nas Olímpiadas de Atenas, quatro anos depois, ele teve o seu visto negado, embora estivesse com a sua melhor marca abaixo dos 57 segundos.

Nossa homenagem à Guiné Equatorial:

"Ah! Minha Guiné! Ó gente boa da minha Guiné Equatorial!"

No futuro: mais posts sobre a Guiné Equatorial, um país interessantíssimo.

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