sábado, 23 de agosto de 2008

Comentários Cotidianos (5) - Pegadinhas I

Muito antes do que Topa Tudo por Dinheiro, anos-luz antes de João Kléber, os japoneses já aplicavam uma sacanagenzinha nos outros e filmavam para poderem gahar audiência na TV. Nasciam as famosas pegadinhas, tão desenvergonhadamente armadas e compradas no Brasil, o que reduz o teor da gracinha a quase zero (Vai me dizer que você acreditava que o cara caía?).

Abaixo, para quem nunca viu, uma coletânea de pegadinhas nipônicas antigas:



Aliás, aproveitando o gancho, vamos analisar o conteúdo das pegadinhas brasileiras. O ícone quando se fala em piadinhas de mau gosto é o mal-feitor João Kléber mesmo. Com seus bordões repetitivos, foi um dos que lançaram a modalidade da narração de pegadinhas no Brasil, com "pegadinha inédita, hein? pegadinha inédita, hein?", "olha lá, olha lá" e fica explicando o que acontece na esdrúxula armação. Estava vendo qual seria a pior pegadinha, mas foi difícil de selecionar, mas podemos tomar esta como exemplo:



É quase sempre com coisas de duplo sentido, um cara sempre apanha, se dá mal, tem um malandro folgado, maluco dá o maior susto nos pedestres e apanha ou coisa assim. Fora que QUEM pára para comprar gravata na RUA por 1 REAL? O naipe do pessoal que pára não ajuda. Incrível como nenhuma mulher se mostrou interessada para comprar.

O pior mesmo é a Maria Cândida daquele Programa da Tarde da Record passando as pegadinhas compradas dos franceses/canadenses e ainda chamando os caras de "nosso ator da produção", sem contar que ela é adepta também da narração de pegadinhas.

Para o próximo post: Sérgio Mallandro, Ivo Holanda e a Era Sílvio Santos das pegadinhas brasileiras.

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